TEMPO DA PROFECIA: 2011
Jesus Esta Voltando

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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Jesus chora por sua dor!

 

 

Jesus chora pelas cidades – O que vê Jesus quando olha para as cidades de hoje?

A cena ficou gravada em minha mente para sempre, tão viva hoje, como há mais de 40 anos. Era um desses dias escaldantes de julho, no verão de 1968. Estávamos no trânsito, esperando que o sinal abrisse, num cruzamento na cidade de Nova Iorque. Frequentemente, íamos de nossa casa, no sul de Connecticut para a cidade de Nova Iorque, visitar Bowery, lugar onde meu pai passou sua infância. Nova Iorque estava no seu sangue. Ele queria, a qualquer custo, que seus filhos conhecessem de onde ele viera. As histórias que papai contava sobre seu passado, crescendo na cidade, era um tesouro familiar, de valor inestimável; herança para ser passada de geração a geração.
No final da década de 1960, algumas regiões de Bowery se tornaram o céu para que homens e mulheres usassem o álcool para escapar da vida real. Os apartamentos deteriorados, bares sombrios e sujos, as ruas cheias de lixo, contavam trágicas histórias de vidas quebradas, lares destruídos e futuros arruinados.
Enquanto olhava pela janela do carro, pensando sobre a vida daqueles homens barbudos de olhar turvo, deitados na calçada em estupor alcoólico, percebi um homem com o rosto vermelho, usando uma camisa xadrez surrada que vinha em direção ao carro. Ao se aproximar, simplesmente disse: “Você pode me dar um dólar?” Um dólar para comprar mais bebida? Não! Comida, sim! Vasculhamos ao redor, e conseguimos reunir um pequeno lanche.
Quando entreguei o lanche, ele chegou perto da janela aberta, agarrou minha cabeça e puxou meu rosto em direção ao seu. O cheiro de álcool em seu hálito era sufocante. Quando olhei dentro daqueles olhos azul-esverdeados, injetados de sangue, ele sussurrou: “Muito obrigado, Jesus”, virou as costas e se foi.
Embora muitos anos tenham se passado desde nosso encontro casual, suas palavras ficaram gravadas em minha mente. Já me perguntei: Se Jesus estivesse aqui hoje, onde estaria? Estaria Ele aquecido, no conforto de Seu lar suburbano, escrevendo livros sobre como alcançar as pessoas das cidades? Estaria Ele preparando um DVD, totalmente ilustrado, ensinando “como” evangelizar as cidades? Ou estaria no contexto das necessidades humanas, ministrando para os pobres, marginalizados e desfavorecidos? Estaria Ele mostrando às pessoas cultas, sofisticadas e ricas o verdadeiro significado da vida?

Jesus e as Cidades

Jesus ama as cidades. Ele as ama porque é lá que as pessoas estão, e Jesus ama as pessoas. Nas cidades nunca falta uma coisa, e são as pessoas. Elas estão em todos os lugares. O evangelho de Mateus registra: “Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças” (Mt 9:35).*
O registro do evangelho é muito simples para não ser compreendido: Jesus imergia na vida das pessoas nas cidades. Ele trouxe esperança ao desesperado, paz ao perturbado, perdão para o culpado e poder para o impotente. Seu coração transbordava de amor pelas pessoas quebrantadas, machucadas e desgastadas que vivem nas cidades. Seu ministério nas cidades não era apenas para os que eram desfavorecidos economicamente. Era, também, para os abastados, mas espiritualmente pobres.
Os ricos eram atraídos pela Sua autêntica revelação do amor do Pai. Nicodemos, líder religioso correto e respeitado, O procurou secretamente, à noite. Mateus, um coletor de impostos, astuto, respondeu ao Seu chamado. O centurião romano foi transformado no Calvário. Jesus apelou ao jovem e ao idoso, ricos e pobres, cultos e ignorantes, religiosos e céticos. Homem e mulher, judeus e gentios eram atraídos a Ele. Seu cuidado, compaixão e preocupação com cada indivíduo era inigualável.
O Evangelho de Mateus declara que Ele tinha compaixão das multidões (Mt 9:36). Lucas acrescenta: “Quando Se aproximou e viu a cidade, Jesus chorou sobre ela” (Lc 19:41). Você nunca chora a não ser que se aproxime. Seu coração nunca vai ser quebrantado de amor pela cidade até que você a “veja” em sua crueza selvagem.
As cidades são lugares de incríveis contrastes. Há lugares de deliciosos prazeres e de profunda tristeza; de pobreza absoluta e inacreditável riqueza; de ganância assustadora e sacrifício altruísta; grande entusiasmo e tédio absoluto; sofisticação cultural e grosseria exposta. Elas estão cheias de corações honestos, crentes comprometidos como também de céticos e daqueles que não se importam com religião. O coração de Jesus transborda de amor por eles, individualmente.
Você já chorou pela pobreza de uma criança que não é seu filho, mas dEle? Seu coração já ficou quebrantado por vidas vazias, consumidas pela ganância? Você já derramou “lágrimas da alma” pelos milhões de pessoas nas cidades do mundo, que lutam por uma vida miserável, mas que não conhecem o significado de sua própria existência? Ele tem pouco ou nenhum conhecimento do evangelho eterno de Deus para essa geração do tempo do fim.

Ouvindo o Coração de Jesus

Se pararmos, por um tempo suficiente, poderemos ouvir os soluços do coração quebrantado, os gemidos agonizantes de Jesus pelas pessoas perdidas que vivem nas cidades. Ellen White escreveu: “Nosso mundo é um vasto hospital, ou seja, um cenário de miséria em que não ousamos permitir mesmo que os nossos pensamentos se demorem. Se compreendêssemos o que ele é na realidade, o peso que sobre nós sentiríamos seria terribilíssimo. No entanto, Deus o sente todo” (Educação, p. 264). Um profeta do Antigo Testamento escreveu: “Em toda a aflição do Seu povo Ele também Se afligiu” (Is 63:9).
Jesus experimenta a dor do pecado deste mundo de maneira que nem imaginamos. As pessoas perdidas são o objeto de Seu amor. Ele “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). Ele é “paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3:9). A única coisa que importa para Ele, mais do que qualquer outra coisa, são os salvos em Seu reino eternamente.
Se temos pouco interesse em alcançar as pessoas perdidas, estamos realmente seguindo Aquele que veio “buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19:10) ? Se o fardo de Seu coração não for o fardo do nosso, estamos nós totalmente entregues a Ele? Se formos complacentes para compartilhar o Seu amor com os perdidos, podemos realmente dizer que somos Seus discípulos?
O chamado para as cidades é um chamado à oração apaixonada. É um chamado para reunir milhares de adventistas para separar um tempo significativo, todas as semanas, para orar pelos centros mais populosos do mundo, pelo nome. Esse é um apelo para os membros que moram nas cidades a compassivamente testemunhar para seus vizinhos e amigos. Esse é um apelo para os jovens, a que dediquem um ano de sua vida à missão nas cidades. Esse é um apelo para os líderes da igreja, em todos os níveis, para que planejem estratégias definitivas para alcançar as cidades de seu território, com as três mensagens angélicas. Esse é um apelo urgente para que recursos financeiros sejam realocados. O ministério nas cidades não é barato, mas é absolutamente imperativo se a igreja quer causar impacto nas cidades. Esse apelo urgente para a missão da cidade é um apelo ao ministério de autossacrifício de Jesus.
Nesta hora de crise, vivendo no limiar da eternidade, o status quo não vai resolver. Qualquer que seja o sucesso que a igreja possa ter alcançado evangelizando as pessoas no passado, não é suficiente hoje. Este é um tempo para ação agressiva. Este é um tempo de pensamento criativo. Este é um tempo de compromisso com a ação. Nenhum esforço dividido alcançará as cidades nesta hora final. Deus pede nossos melhores esforços e todo nosso compromisso. À luz de Seu inacreditável amor e imenso sacrifício feito por nós, podemos fazer menos do que isso?
*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.
Mark A. Finley é assistente do presidente da Associação Geral.
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mais oração e menos diversão!

12 Razões Para Acabar com o Entretenimento

 
Sei que o entretenimento está tão enraizado na cultura evangélica, que parecerá um absurdo a tese que defendo. Mas, além de não estar sozinho na luta contra o "culto show", estou ainda muito bem acompanhado, por pastores renomados, como Charles Haddon Spurgeon, que no século XIX já havia escrito sobre este perigo, alertando que o fermento diabólico do entretenimento acabaria levedando toda a massa em curto espaço de tempo (veja o texto aqui). E é neste estado de lastimável fermentação que se encontra a massa evangélica atual.

Hoje em dia é quase impossível que uma igreja não tenha conjuntos musicais, ou corais, ou grupos de coreografia, ou cantores para se apresentar durante o culto e nos eventos por ela realizados. Na maioria das igrejas o período de culto é tomado deste tipo de apresentações, com a desculpa de que "é pra Jesus". Mas, quando analisamos racionalmente, e a luz das Escrituras, a verdade é que tais apresentações não passam de entretenimento, com verniz de santidade e capa de religiosidade.
Que ninguém fique ofendido. Eu mesmo gostaria que alguém houvesse me alertado disso na época em que eu, cegamente, gastava horas com ensaios de conjuntos e de peças teatrais. E eu me convencia de que isto era a obra de Deus.

Mas, no fundo de meu coração, eu sabia que havia algo de errado, que não era nisto que Jesus esperava que seus discípulos se focassem, ou se esforçassem. Como ninguém me despertou, busquei a Deus em oração e o próprio Espírito Santo, por meio das Escrituras, convenceu-me do meu erro.
Desde então, tenho meditado tão seriamente a respeito disto, que encontrei mais de dez razões para eliminar por completo o entretenimento dos cultos na igreja que pastoreio. E já o fizemos! Substituimos o tempo que antes gastávamos com ensaios entre quatro paredes, pelo evangelismo bíblico na comunidade e pela oração nos lares. E, quanto às apresentações nos cultos...Sinceramente, não estão fazendo a menor falta.

Mas, vejamos porque o entretenimento deve ser eliminado dos cultos que realizamos ao Senhor:

1 - O Senhor nunca ordenou entreter as pessoas
Esta já seria uma razão suficiente, que dispensaria os demais argumentos. O problema é que raramente se encontra hoje uma igreja que queira ser bíblica, composta por membros que só desejem cumprir a vontade de Deus, expressa em sua Palavra. Assim sendo, talvez seja necessário ainda os argumentos a seguir.

2 - Entretenimento não atrai ovelhas
Chamemos de ovelhas aqueles que realmente amam a Jesus, que reconhecem a voz do Senhor e o seguem (João 10:27). No entanto, a divulgação de apresentações na igreja dificilmente atrairá pessoas interessadas em Deus. Certamente será um atrativo para as que gostam de uma distração gratuita. Mas, podemos chamar a estas pessoas de ovelhas, ou não há uma grande chance de serem bodes? (Mateus 25:32-33)

3 - Entretenimento afasta as ovelhas
As verdadeiras ovelhas não se satisfazem com apresentações durante o culto. Elas querem oração e palavra, edificação e unção. Uma ovelha de Cristo não procura emoções, mas a Verdade, para que se mantenha firme no caminho da vida eterna (João 6:67). Quanto mais o pastor encher o culto com apresentações, mais rápido as ovelhas sairão em busca de uma verdadeira igreja, que priorize a oração e a palavra de Deus. Aos poucos, a "igreja-teatro" deixará de ter ovelhas para estar ainda mais cheia, porém de bodes, que gostam de uma boa distração. E, infelizmente, o que muitos pastores buscam hoje é quantidade, o crescimento a qualquer custo. E, com este fermento, a massa realmente cresce...

4 - Entretenimento reduz o tempo de oração e palavra
O tempo de culto já é muito limitado, chegando a no máximo duas horas. Quando se dá oportunidade para apresentações, o tempo que deveria ser usado para se fazer orações e se pregar a palavra de Deus torna-se curtíssimo. Em algumas igrejas não chega nem a trinta minutos! Como desenvolver uma mensagem expositiva em tão curto espaço de tempo?

5 - Entretenimento confunde os visitantes
Os visitantes concluem que a igreja existe em função disto: conjuntos, corais, coreografias, peças teatrais, ou qualquer outro tipo de apresentação que torne o culto um show. E eles passam a frequentar os cultos com esta expectativa, esperando pelo próximo espetáculo.

6 - Entretenimento ilude os membros
Os membros pensam que estão servindo a Deus com suas apresentações. Desta forma, sua consciência fica cauterizada para atender aos chamados para a escola bíblica, para o evangelismo e para socorrer os carentes. Afinal de contas, ele pensa que seu chamado é para as artes, e não para serviços que não lhe colocam debaixo dos holofotes (que, aliás, são muito comuns nas igrejas hoje em dia).

7 - Entretenimento é um desgaste desnecessário
Quanto esforço é despendido para que tudo saia perfeito! Uma energia que é gasta naquilo que o Senhor nunca mandou fazer! Será que ainda sobram forças para se fazer o que realmente o Senhor manda? (Lucas 6:46)

8 - Entretenimento coloca os carnais em destaque
Pessoas que raramente aparecem nos cultos de oração e estudo bíblico, e que nunca comparecem ao evangelismo, geralmente são as mesmas que gostam de aparecer cantando, dançando ou representando nos cultos mais cheios. A questão é: Por que dar destaque justamente para estes membros carnais?

9 - Entretenimento promove disputas
Disputas entre membros, entre conjuntos e até entre igrejas. Quem canta melhor? Quem dança melhor? Que conjunto tem o uniforme mais bonito? Quem recebeu mais oportunidade? Quanta medíocre carnalidade... (I Coríntios 3:3;Tiago 4:1)

10 - Entretenimento alimenta o ego
O entretenimento não gera fé, mas fortalece o ego dos que amam os aplausos e elogios. Apesar de sua roupagem "gospel", o fermento dos fariseus continua tão venenoso quanto nos dias de Jesus (Mateus 23:5-6; Lucas 12:1)

11 - Entretenimento é um desperdício de tempo
Se o mesmo tempo que as igrejas gastam com ensaios e apresentações fosse utilizado com oração e evangelismo, este mundo já teria sido alcançado para o Senhor! (Efésios 5:15-17)

12 - Entretenimento não é fazer a obra de Deus
A desculpa para o entretenimento é que este seria uma forma de atrair as pessoas. Mas a questão novamente é: que tipo de pessoas? Se entretenimento fosse uma boa alternativa, não teria a igreja apostólica usado de entretenimento para atrair as multidões? No entanto, ela simplesmente pregava o evangelho, porque sabia que nele há poder. O evangelho "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Romanos 1:16). Mas o entretenimento... O entretenimento é a artimanha do homem para a perdição de todo aquele que duvida.

Quero concluir com uma palavra aos pastores. De pastor, para pastor. Amado colega de ministério, não duvide do poder do evangelho para atrair e converter as pessoas. Não queira encher sua igreja com atividades vazias e atraentes ao mundo, mas que não tem o poder do Espírito Santo para converter vidas. Tenha coragem e limpe sua congregação desta imundície egocêntrica. Talvez com isto você perderá alguns membros, mas não perderá ovelhas, somente bodes. Tenha fé em Deus e confie no modelo bíblico para encher a igreja, que é a oração, o bom testemunho e a pregação ousada do genuíno evangelho de Cristo. Lembre-se que "enquanto os homens procuram melhores métodos, Deus procura melhores homens."
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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

E se houvesse TV na época de Jesus?


E se houvesse TV na época de Jesus?

Quais são as consequências de vivermos o Evangelho na mesma época da História em que existe a televisão? Será que há alguma relação? Será que a TV afeta de algum modo a forma como pregamos e como o mundo recebe a nossa mensagem? TV ajuda a causa de Cristo? Ou atrapalha? Perguntas difíceis de responder, admito, e é exatamente por isso que desejo pensar junto com você sobre o assunto ao longo das próximas linhas. Antes, quero deixar claro que não creio que a televisão seja a “caixinha do diabo” nem que assistir a televisão seja pecado. No entanto, existem fatores envolvidos no processo de elaboração daquilo a que assistimos e na forma epistêmica como eu e você assimilamos o que é transmitido que têm relação direta com a nossa maneira de lidar com o Evangelho de Jesus Cristo.

Sendo objetivo, acredito que a televisão é uma praga dos nossos dias. Falo com um certo conhecimento de causa, afinal trabalhei nove anos na principal rede de televisão do país, como redator e editor de determinados programas. Se fosse contar todas as histórias sobre o que vi e vivi nos bastidores da TV e relatasse como muitos dos programas a que você assiste são feitos… provavelmente você nunca mais assistiria. Que é exatamente o que eu fiz. Já tem cerca de sete anos que optei por não assistir mais a telejornais, por exemplo. Novelas, a última que vi foi “Roque Santeiro”. Seriados, a esmagadora maioria… não, obrigado: sinto-me incapaz de ser cristão e rir, por exemplo, com as baixarias sexuais de séries como “Two and a half men”. Programas de auditório, me perdoem, mas creio que meu cérebro tem algum valor para ficar enchendo-o com aquele lixo. Videocassetadas? Isso para mim então é um grande mistério: como cristãos que deveriam amar o próximo e chorar com os que choram caem na gargalhada vendo seus semelhantes em situações de dor, humilhação e sofrimento? Não entendo. Fato é que a televisão tornou-se uma ferramenta tão burrificante da sociedade que as pessoas nem ao menos conseguem ter distanciamento suficiente para perceber isso. A esmagadora maioria realmente acredita que o “Fantástico” é o show da vida. Que o “CQC” é um programa genial. Que o “Pânico na TV” é engraçado. A televisão é uma tecnologia tão paralisante – inclusive para aqueles que fazem parte da Igreja – que às vezes me pego pensando o que teria acontecido com o Evangelho se a TV existisse na época de Jesus. Não seria interessante pensar sobre isso? Convido você então a entrar na máquina do tempo e fazer junto comigo um exercício de imaginação.

Televisão graças a Deus é algo que tem menos de cem anos de vida. Se tivesse sido inventada na época de Jesus provavelmente os apóstolos estariam tão envolvidos com os jogos do campeonato israelense de futebol que não teriam tempo para pregar a Palavra. “Poxa, Mestre, vamos ficar aqui por Cafarnaum mesmo, hoje tem XV de Jericó contra o XV de Samaria”, diria Pedro. Jesus esperaria pacientemente o fim do jogo e, após o apito final, quando fosse sair para pregar… “Peraí, Mestre, rapidinho, que agora vai ter a mesa redonda”.

No Sermão do Monte, não haveria mais do que dez pessoas ouvindo. Afinal, seria dia de jogo de vôlei de praia na arena montada às margens do Mar da Galileia e, vamos combinar, quem é que ia querer ficar horas sob o sol para ver alguém multiplicar pães e peixes se podia juntar a familia no quintal de casa, fazer um peixinho na brasa e um pão no alho e comemorar a vitória do seu time asistindo pela TV ao show do intervalo?

As parábolas de Jesus passariam despercebidas. Convenhamos que não teria graça nenhuma ficar ouvindo historinhas contadas verbalmente uma vez que na TV haveria seriados cheios de ação e adrenalina, como “Law and Order Sião”, “Zelotes fora da lei” e “Na mira da lança”. O povo, acostumado aos efeitos especiais e às recriações de histórias com atores famosos e muita computação gráfica, não veria graça nenhuma nas parábolas de Jesus, que teriam a pretensão de estimular nas pessoas uma coisa tão antiquada e em desuso como é a imaginação. Nada disso: o grande lance seriam os seriados com roteiros eletrizantes, filisteias seminuas e gladiadores que fariam suas próprias cenas de ação, sem dublês.

Os fariseus não conspirariam contra Jesus tentando pegá-lo em alguma blasfêmia – isso seria um modus operandi antiquado demais para a era da tecnologia. Lançariam sim uma campanha difamatória pelos telenoticiários, tentando desacreditá-lo junto à população. Para isso, acertariam em reuniões com executivos das emissoras de TV uma troca: investiriam pesado em anúncios nos intervalos comerciais e, em contrapartida, teriam a garantia de uma cobertura nada favorável ao ministério de Jesus. Logo surgiriam aqui e ali reportagens dizendo que Jesus tentou assediar a samaritana, que ele furtou dos cambistas do templo e que teria um filho ilegítimo com uma mulher em Caná para quem não pagava pensão. O Israel Repórter especial sobre sonegação de impostos apontaria Jesus como tendo dito “a César nada do que é de César e a Deus o que também é de César” – com diversos entrevistados corroborando terem presenciado essas afirmações e câmeras escondidas que mostrariam Jesus curando pessoas no sábado. Logo, o Senhor estaria sendo alvo da CPI da Taxação, liderada por Mateus, o publicano (naturalmente subornado para difamar o Mestre em troca da concessão de um canal de TV em alguma cidade do interior). Sim, o fascínio do poder da televisão criaria novos traidores.

A manipulação midiática seria tão grande que os jovens (incapazes de pensar por si mesmos, de tanto que em vez de ler bons livros gastariam seu tempo engolindo programas para adolescentes como “Malhação Judaica”) iriam para as ruas com as caras pintadas, exigindo a crucificação daquele arruaceiro. O Sinédrio poria Pilatos contra a parede, ameaçando-o com uma CPI (amplamente noticiada em todos os telejornais, claro, para acabar com sua carreira política), a não ser que ele cedesse e acabasse com a raça de Jesus. Temeroso de seu futuro político e da influência da mídia, Pilatos então mandaria açoitar Jesus.

Mas os anunciantes quereriam sangue! Afinal, Jesus transformou água em vinho e o lobby dos fabricantes de água mineral era forte em Israel, dada a escassez de água no território desértico. As grandes corporações da indústria de água mineral ameaçarariam as emissoras de TV de suspender o merchandising nas transmissões ao vivo dos eventos esportivos e os anúncios durante os programas de auditório de domingo. Até mesmo sugeririam que transfeririam suas contas milionárias para as redes de TV concorrentes da Filístia e da Galácia, onde sábado não era dia santo e por isso havia transmissões normais de televisão – ao contrário de Israel. E as emissoras da Palestina não poderiam arcar com esse prejuízo.

A gota d’água seria quando Judas concederia uma entrevista exclusiva, em que faria revelações bombásticas no telejornal das oito, denunciando Cristo e toda sua quadrilha. Com voz distorcida eletronicamente e o rosto em sombras, Judas incitaria a revolta popular contra o Messias, o que levaria diferentes grupos da sociedade a se levantar e organizar marchas contra a impunidade do tal subversivo, amplamente divulgadas por coberturas ao vivo na TV. Enfim, pressionado pela campanha das emissoras de TV e o lobby das indústrias de água mineral, Pilatos lavaria as mãos (claro que com a água da marca patrocinadora da transmissão ao vivo do julgamento, com direito a close do rótulo da garrafa em horário nobre) e sentenciaria Jesus à cruz. Não sem antes negociar os direitos da transmissão da crucificação com quatro emissoras diferentes de TV.

Mas fato é que a transmissão da crucificação acabaria sendo um fracasso em termos de Ibope. Por uma mera questão de timing: afinal, um evento tão comum como a execução de mais um rebelde judeu ganharia no máximo uma matéria de 30 segundos no jornal da tarde e, como acontece com todas matérias que vemos nos telejornais, o público esqueceria no dia seguinte. Se tanto. Provavelmente no mesmo dia. E, depois de anos transmitindo ao vivo crucificações, com comentários, replays, tira-teimas e repórteres no local entrevistando centuriões, parentes das vítimas e outros envolvidos naquele espetáculo, a coisa teria caído na mesmice. Quem queria ver mais um crucificado? A TV já mostrava tanta violência que aquilo tinha virado um entretenimento banal. Ninguém mais se importava com um morto a mais ou a menos. O público telespectador salivava por algo novo! A próxima novidade! O próximo show da tarde! A emissora até tentou convidar o médico Drauzio Varela para fazer comentários sobre a evolução do desfalecimento do condenado minuto a minuto, mas nem isso serviu para aumentar a audiência. Não, o público já não dava a mesma atenção e, com a queda no Ibope, as emissoras decidiram que transmitir crucificações já não era mais um bom negócio. Após a quarta temporada do “Show da Cruz”, o grande lance agora era a transmissão de corridas de bigas, que, afinal, tinham mais anunciantes.

Morreu então Jesus. Os direitos de transmissão ao vivo do sepultamento foram negociados em sigilo com José de Arimateia e os valores não foram divulgados para a imprensa, embora analistas econômicos especulassem com base em todo tipo de gráficos e projeções. Repórteres e equipes de TV se posicionaram na entrada do sepulcro, buscando o melhor ângulo para mostrar o evento.  A expectativa era grande, afinal esperava-se o tal terceiro dia e a anunciada ressurreição. Quando afinal o terceiro dia chegou ocorreu então um grande terremoto, os soldados que guardavam a entrada fugiram, a pedra rolou e… as equipes de reportagem todas saíram correndo para fazer a matéria do momento: o terremoto que tinha devastado a região, deixado milhares de mortos, provocado desabamentos e mobilizado a população. O morto era notícia velha. Que ressurreição o quê, o que dava Ibope agora eram as histórias de sobreviventes sob os escombros e cachorrinhos que vagavam por Jerusalém à procura de seus donos, mortos na tragédia. Jesus caiu no esquecimento.

Assim, quando ele saiu do sepulcro, havia um silêncio sepulcral no local. Ele esperava encontrar as mulheres que deveriam ter ido embalsamá-lo, mas… onde estavam elas? Em casa, naturalmente, pois, afinal, não dá pra competir com o último capítulo da novela, não é? Meio decepcionado, o Senhor – já ressurreto – foi então ao encontro dos discípulos na estrada de Emaús. Começaram a caminhar juntos pela estrada, comentando o último episódio da temporada de “House”, embora Jesus quisesse falar sobre os últimos acontecimentos em Jerusalém. Mas House e Cuddy estavam tendo um caso e não há Salvador do mundo que consiga ser mais interessante aos olhos do público do que algumas cenas picantes de sexo. Enfim os três chegariam à casa em Emaús e os dois constrangeriam aquele acompanhante a passar a noite com eles. Entrariam na casa e, na hora que Jesus partisse o pão… nada aconteceria. Ninguém o reconheceria. Simplesmente porque, como tinha se tornado hábito entre todas as famílias da Palestina, estariam todos jantando com os olhos totalmente pregados na TV, acompanhando “A Grande Família Judaica”. Nem repararam quando Jesus sumiu do ambiente, supondo que, provavelmente, tinha aproveitado o intervalo para ir ao banheiro.

Jesus então subiria aos céus, sob os olhares atentos daqueles que ficariam especulando se a ascensão era fato ou um truque de computação gráfica feito à base de efeitos especiais com cabos e chroma key. “Afinal, na era da televisão não dá pra acreditar em mais nada que se vê, né?!”, comentou alguém.

A Igreja da época da televisão começaria então a se propagar. Reunidos no cenáculo no dia de Pentecostes, três discípulos receberiam poder do alto (os outros 117 estariam na praça central de Jerusalém, assistindo no telão que a prefeitura montou à transmissão ao vivo de um show de Roberto Carlos – e com isso não há quem consiga competir). Pedro bem que tentou fazer um discurso para os povos ali reunidos para a Páscoa, mas não teve muito sucesso: começaram a mandar que aquele chato calasse a boca, afinal estava atrapalhando o programa, justo quando o rei da jovem guarda pretoriana cantava “Detalhes”. E quando, terminado o programa, os povos perceberam que aqueles cristãos estavam falando em outras línguas, alguém sugeriu com bom humor que ligassem a tecla sap.

Em seguida, começariam as viagens missionárias. Paulo e Barnabé teriam um sério desentendimento a respeito de qual participante do Big Brother Israel deveria ter saído da casa naquela semana e por isso não conseguiram mais fazer a obra juntos. Paulo perderia constantemente o barco que o levaria às cidades seguintes em suas três viagens, viciado que estaria em ficar até tarde assistindo ao Programa do Jô. E, convenhamos, uma igreja a mais ou a menos pra fundar não faria diferença, afinal depois era só transmitir o culto pela televisão. Ou por aquela nova tecnologia que estava surgindo, uma tal de internet.

Pensando nessa questão de transmitir o culto pela televisão, Paulo teria a brilhante ideia! Em vez de sair viajando por aí, o que era muito cansativo e fazia com que ele perdesse muitos episódios do “Video Show”, tudo o que ele teria de fazer era alugar espaços nas emissoras de TV e pregar o Evangelho a partir de um estúdio com ar condicionado localizado em Antioquia, com alcance para toda a Ásia Menor, por cabo ou via satélite. Que ideia primorosa! Ele escreveria algumas epístolas e mandaria como brinde para os irmãos que se tornassem parceiros de seu programa, concendendo-lhe doações generosas para manter o programa no ar. Pronto! Que viagens que nada! Bastaria se sentar atrás de uma mesa em um estúdio, pregar no primeiro bloco e vender DVDs com mensagens no segundo para manter seu ministério e pronto, estava cumprido o ide de Jesus. Ô glória!

Chegamos então ao Apocalipse, com o apóstolo João tendo sido condenado ao castigo mais severo que poderia haver naqueles dias. Apesar de ter rogado ao imperador que lhe impusesse uma pena mais leve, como o apedrejamento, a decapitação ou a crucificação, o pobre João recebeu a pena máxima: a prisão na ilha de Patmos onde, para seu terror absoluto, não havia TV! Nem a cabo, nem via satélite… nem mesmo TV aberta que fosse! Horror total! A suprema tortura! Dizem até que João ficou tão transtornado por ter que viver sem televisão que, na falta do que fazer, resolveu até orar – veja você.
E aqui acaba a fantasia.

Te convido então a uma reflexão séria, a partir dessa fábula jocosa, mas não tão distante da realidade: se a TV existisse na época de Jesus, em que ela teria ajudado na propagação do Evangelho? Ou será que teria atrapalhado? Naturalmente, isso nos conduz à próxima pergunta: e hoje? De que modo a TV tem contribuído para a causa do Reino? O que ela tem feito pela formação e a edificação dos cristãos? De que modo tem sido uma ferramenta útil para o Evangelho? Será que ela tem ajudado de fato? Ou será que ela só atrapalha? As respostas você descobre após as cenas do próximo capítulo.

Ou, quem sabe, após uma ponderada e demorada reflexão. Coisa que o indivíduo que passa muito tempo vendo TV nunca consegue fazer.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Maurício Zágari 

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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento``


82% dos americanos não confiam na Bíblia para os ajudar a lidar com seus traumas
O rabino Rami Shapiro, professor da Universidade Middle Tennessee State, disse recentemente ao canal CNN que “a maioria das pessoas que afirmam ter um amor profundo pela Bíblia na verdade nunca leu esse livro”. Se ele está certo, provavelmente a maioria delas não reconhecerá uma citação bíblica quando ler uma.

Ao contrário da crença popular, “Deus ajuda quem se ajuda” não é um versículo da Bíblia. “A limpeza anda ao lado da piedade” também não. “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando” tampouco está lá.

Uma pesquisa divulgada este mês pela Sociedade Bíblica Americana fez um teste com os moradores daquele que é considerado o maior país do mundo, e revela algumas surpresas.

A frase “De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados” foi atribuída pela maioria dos entrevistados ao… Capitão América. As outras opções eram o pastor e ativista Martin Luther King e o ex-presidente George W. Bush. Uma minoria conseguiu perceber que se tratava do versículo de 2Coríntios 4:8, este, sim, presente na Bíblia.

Segundo a Harris Interactive, que realizou a entrevista online a pedido da American Bible Society, nada menos que 63% dos entrevistados achava que a frase fora dita pelo Capitão América, Luther King ou Bush.

Símbolo do nacionalismo americano do pós-guerra, o Capitão América ao que se sabe não citava a Bíblia ao enfrentar os nazistas e posteriormentes outros supervilões.

A iniciativa da Sociade Bíblica Americana visava promover uma nova edição da Bíblia chamada “A Bíblia da Liberdade”, que usa uma tradução contemporânea. A citação foi um exemplo de 3.500 versículos que receberam destaque na “Bíblia da Liberdade” criada para ajudar as pessoas a superar traumas. A pesquisa também perguntou sobre quais eram os maiores traumas dos leitores na última década.

O resultado mostra que apenas 9% dos americanos sentem-se mais seguros hoje do que antes dos atentados de 11 de setembro de 2001, considerando que o terrorisrmo é hoje o maior trauma dos norte-americanos. Também foi divulgado que 82% dos americanos não confiam na Bíblia como uma maneira de os ajudar a lidar com seus traumas. Apenas 4% afirmaram confiar em ajuda profissional para superar traumas e 6% disseram não acreditar que algo pode ajudá-los.

Fonte: Gospel

Nota: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos". Oséias 4:6

"Eis que vêm dias, diz o SENHOR Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR". Amós 8:11

"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim". João 5:39

"Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus". Mateus 4:4

Fonte: evidenciasprofeticas.blogspot.com

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